Disputando a corrida presidencial dos Estados Unidos pelo Partido Libertário, a professora de psicologia Joe Jorgensen, de 63 anos, já entrou na disputa sem chances de vencer. A candidata independente, porém, está roubando votos decisivos dos dois adversários principais e pode atrapalhar a campanha de reeleição de Donald Trump.
Apoiadora de um sistema de governo mínimo e liberdade máxima, Jorgensen acumula até o momento cerca de 2% dos votos em todo o território nacional e não tem qualquer chance de reverter sua posição. Mas, nos estados onde a disputa é mais acirrada e a diferença de votos entre Trump e o democrata Joe Biden está abaixo de 1 ponto percentual, como Wisconsin, Michigan e Geórgia, a libertária pode ter um papel relevantes.
No Wisconsin, Jorgensen recebeu 38.414 votos, 1,2% do total. A diferença entre Biden e Trump nesse estado, no entanto, foi de apenas 20.808 votos. Pouco menos de 14.000 pessoas poderiam ter virado o jogo para o presidente.
A tendência é a mesma na Geórgia, onde a libertária até o momento recebeu 61.380 votos. No estado, a diferença de votos entre os dois principais canditados é de 917 votos, com Biden na frente do placar e mais de 98% das urnas apuradas.
Segundo uma pesquisa de outubro do Pew Research Center, 54% dos apoiadores de Jorgensen disseram que poderiam se inclinar a votar na reeleição de Trump. Sua campanha, portanto, é vista por analistas políticos como uma pedra no sapato do atual presidente.
Docente na Universidade Clemson, na Carolina do Sul, Jorgensen diz que tanto Trump quanto Biden são iguais, e é critica à política externa e econômica dos democratas e republicanos. Extremamente pró-mercado, a professora tece críticas ao monopólio eleitoral dos dois partidos. Sobre o aborto, tema sensível na sociedade americana, a libertária diz em seu site “deixe o governo fora disso, sem subsídios, sem regulações”.
Durante sua campanha, propôs a criação de um sistema de saúde baseado no mercado livre, sem a intervenção do Estado ou das seguradoras. Ela também prometeu eliminar o imposto de renda, acabar com a guerra contra as drogas, abolir a agência do governo de combate às drogas, perdoar os culpados de crimes não-violentos relacionados às drogas e encorajar dependentes químicos a buscar ajuda e reabilitação.
Jorgensen está longe de bater o recorde no número de votos recebidos em uma eleição pelo seu partido, que continua a ser mantido pelo ex-governador do Novo México Gary Johnson. Ele recebeu 4,5 milhões dos votos em 2016. Atualmente, a professora está com 1.684.714 de votos.
O Partido Libertário é a terceira força política do país, mas ainda se mantém muito atrás dos pesos pesados Democrata e Republicano. Defensor das liberdades individuais, do livre comércio e do Estado mínimo, é a única legenda de fora do sistema bipartidário que aparece nas cédulas dos 50 estados.
Outro obscuro candidato à Presidencia é Howie Hawkins, do Partido Verde. Hawkins sequer aparece nas contagens de votos dos principais meios de comunicação dos Estados Unidos.
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